Livro: Dias perfeitos

Livro: Dias Perfeitos
Autor: Raphael Montes
Sinopse: Téo é um solitário estudante de medicina que divide seu tempo entre cuidar da mãe paraplégica e examinar cadáveres nas aulas de anatomia. Durante uma festa, ele conhece Clarice, uma jovem de espírito livre que sonha torna-se roteirista de cinema. Ela está escrevendo um road movie sobre três amigas que viajam em busca de novas experiências. Obcecado por Clarice, Téo quer dissecar a rebeldia daquela menina.
   Começa, então, uma aproximação doentia que o leva a tomar uma atitude extrema. Passando por cenários oníricos(sonho), que incluem um chalé em Teresópolis e uma praia deserta em Ilha Grande, o casal estabelece uma rotinha insólita, repleta de tortura psicológica e sordidez.
  O efeito é perturbador. Téo fala com calma, planeja os atos com frieza e justifica suas atitudes com uma lógica impecável. A capacidade do autor explorar uma psique doentia é impressionante- e o mergulho psicólogico não impede que o livro siga um ritmo eletrizante, repleto de surpresas, digno dos melhores thrillers da atualidade.
   Dias perfeitos é uma história de amor, sequestro e obsessão.Capaz de manter os personagens em tensão permanente e pródigo em diálogos afiados, Raphael Montes reafirma sua vocação para o suspense e se consolida como uma grande talento da nova literatura nacional.

Este livro realmente me impressionou. Afinal, atrás de mim, um tempo atrás, havia o preconceito de livros nacionais, como na maioria. Raphael (autor) revelou neste livro uma visão psicótica de um "romance", muito interessante pra mim, que não tenho gosto nenhum por livros amorosos (somente aquele lengo lengo chato).

Como dito na sinopse, Téo é diferente de outros homens, suas atitudes e jeito de pensar, são muito perturbadoras. Ao mesmo tempo que você tem dó dele, tem ódio, você cria sentimentos pelo vilão, ou herói dependendo do olhar e se coloca no lugar de Clarice, a sua "amada".

Este livro traz suspense, violência, diálogos agéis com doses de ironia e perversidade, num mergulho pela psique de um assassino metódico, engenhoso e sobretudo apaixonado.

PS: O final é inimáginavel.

"Há sempre alguma loucura no amor mas também há sempre alguma razão na loucura."

Friedrich Nietzsche

 Ótima leitura! Beijos Glicilla.